Projecto de Integração das TIC no Ensino do Português

e.Portfolio de Sandra Leonor Ferreira (Escola Secundária de Henriques Nogueira)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Algumas Experiências Web 2.0 com alunos

A minha escola também ainda não sofreu o tal choque tecnológico de que tanto se fala. Os recursos informáticos são tão escassos que há aulas de informática a decorrer em salas que não têm computadores. Se assim é para os professores de informática, imagine-se para os de português.

Inicialmente tive alguma dificuldade em contornar esta situação (estava habituada a ter mais recursos), mas consegui encontrar algumas alternativas. Alguns dos meus alunos trazem os seus computadores quando lhes peço e, em grupos de dois ou três alunos vão fazendo as tarefas que lhes proponho. Nas aulas de Português Língua Não Materna, onde não tenho uma turma, mas um aluno de cada vez, utilizo sempre o meu computador ou os computadores da biblioteca.

Habitualmente trabalho com os meus alunos na plataforma Moodle, mas desde que iniciei esta formação comecei a experimentar outros recursos.

Um dos que tenho utilizado mais é o Google Docs. No Moddle criei um portefólio para cada aluno com a ferramenta «glossário» e os alunos vão aí colocando alguns trabalhos (sobretudo de escrita) que vão produzindo. Aconteceu, no entanto, uma das vezes haver uma falha no servidor do Moodle. Para resolver o problema, pedi aos alunos para criarem uma conta no gmail e ensinei-lhes a usarem o GoogleDocs (quando eu própria ainda estava a aprender a fazê-lo). Penso que os portefólios dos alunos que criei no Moodle poderiam ser desenvolvidos no Wikispace, com a vantagem adicional de os alunos poderem colocar imagens, algo que não podem fazer no Moodle.

Os meus alunos de 12.º ano (é uma turma de adultos) adoraram o Wordle. Colocámos todos os poemas que constituem «O Guardador de Rebanhos» na caixa de texto e a partir da nuvem que o Wordle criou, os alunos especularam sobre as linhas temáticas da poesia deste heterónimo pessoano.

Utilizei o Voki para dar as boas vindas aos alunos na minha página de Português língua não materna e também para inserir áudio num exercício do Hotpotatoes. Não utilizei o sintetizador de voz, , porque descobri que o voki não só pode gravar a nossa voz, mas também pode importar ficheiros wav, e mp3 (com uma limitação de tamanho, penso, porque quando tentei carregar um ficheiro maior, deu erro). Já andei a experimentar o My Podcast para poder aí alojar ficheiros áudio para utilizar em exercícios de compreensão oral. A ideia de criar um audioblogue com os meus alunos parece-me interessante, mas neste momento, não tenho tempo, nem energia para me lançar nessa tarefa.

Uso esporadicamente o Tradutor do Google como dicionário nas aulas de Língua não materna. As traduções são de fugir, mas como dicionário pode ajudar. É claro que, se nos distraírmos um pouco, arriscamo-nos a que os alunos escrevam todo um texto na sua língua materna e esperem que o tradutor faça o resto.

O YouTube é uma superferramenta que me tem sido muito útil: utilizo alguns vídeos que aí encontro para o desenvolvimento de actividades com os alunos e também já aí publiquei dois vídeos: um excerto de um filme que integra um exercício de compreensão oral do Hot Potatoes e o vídeo «Sons do Português Europeu», que eu mesma fiz.

Utilizo a ferramenta fórum do Moodle com alunos em actividades da oficina de escrita. Por exemplo, os meus alunos de 12.º ano construiram textos de reflexão a partir de propostas por mim apresentadas, os alunos de 10.º ano esstiveram esta semana a traçar o retrato da sua mulher ideal (é uma turma só de rapazes)... Penso que o mesmo pode ser feito com a utilização dos comentários do blogue ou do Google Sites.

Os meus alunos do ensino secundário fazem os testes no computador e enviam-nos para avaliação através da ferramenta «enviar trabalho» do Moodle. Isto pode parecer estranho, mas é algo que comecei a fazer há três anos, pois facilita-me muito a correcção dos seus testes. A leitura de texto manuscrito é uma tarefa cada vez mais complicada para mim. No início utilizava a ferramenta «teste» do Moodle, mas depois, como temos sempre itens de resposta aberta num teste de português, optei por fazer os testes com o noss arquiconhecido Word.

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