Projecto de Integração das TIC no Ensino do Português

e.Portfolio de Sandra Leonor Ferreira (Escola Secundária de Henriques Nogueira)

domingo, 31 de janeiro de 2010

Anteprojecto

Escrevo este texto já com quase um mês de atraso, daí que esteja a falar do meu anteprojecto, quando já deveria estar a falar do meu projecto final. Não deixei de pensar no que poderia fazer ou deixar de fazer desde que entreguei o meu esboço de trabalho no final de Novembro, mas desde aí o tempo para me dedicar ao meu projecto tem sido muito escasso.

Há dois meses apresentei à Adelina «A Árvore da Língua Portuguesa» como um projecto de integração das TIC no Processo de Aprendizagem do Português Língua Materna e do Português Língua Não Materna (PLNM). A minha tendência para a dispersão e o desejo de querer fazer tudo, levou-me a esboçar um projecto em que tentava integrar todos os níveis que lecciono no corrente ano lectivo, que não são poucos (7.º ano, 10.º ano – profissional, 12.º ano do Ensino Recorrente por Módulos capitalizáveis, Português Língua Não Materna - iniciação). O tempo ensina-nos muito e a falta dele ainda mais. Considerando que esta acção destina-se sobretudo à produção de materiais para Português Língua Segunda, resolvi concentrar a minha atenção no PLNM. No momento só tenho um aluno neste nível (um Sul-Africano que, apesar de ter pais portugueses, chegou a Portugal sem falar uma palavra de português), mas estou a apreciar muito o trabalho que estou a desenvolver e penso que o que faço hoje pode ser usado e melhorado amanhã. Não significa isto, no entanto, que não aplique os conhecimentos que tenho vindo a adquirir neste curso nos restantes níveis de ensino.

Eis as ferramentas Web 2 que pretendo usar no meu projecto:

- Google Sites

- Google Docs

- Google Tradutor

- Blogger

- Wirenode

- Wikispace

- You Tube

- Voki

- My Podcast

Algum do software já utilizado:

- Windows Movie Maker

- Audacity

- Hotpotatoes

- Cmaps

Neste momento, quando as minhas ideias já estão mais claras, penso desenvolver o meu trabalho da seguinte maneira:

- O meu blogue será um portfólio, que reunirá as minhas reflexões sobre a utilização das TIC. Não se destina, portanto, a alunos. Gostaria antes que fosse um espaço de partilha de experiências com os meus colegas.

- Na plataforma Moodle, qpretendo disponibilizar os diferentes exercícios para os alunos.

- Quanto ao Google Sites, algumas ideias foram surgindo e sendo abandonadas. Não sou fã desta ferramenta, mas acabei por me decidir a utilizá-la para construir uma espécie de guia de aprendizagem do PLNM. Só esta semana me decidi a seguir este caminho, por isso ainda não tenho nada para além do esqueleto. Estou a orientar dois grupos de alunos de 7.º ano que se inscreveram no concurso Inês de Castro, organizado pelo Plano Nacional de Leitura e pela Fundação Inês de Castro, a construção dos sites será feita no Google Sites.

- Gostaria também de usar a página que criei no Wirenode para propor actividades a desenvolver pelo aluno autonomamente durante a aula de Português, quando este está integrado na turma (de 7.º ano). Como o aluno ainda não consegue acompanhar o resto da turma, tenho de preparar para ele sempre tarefas adaptadas. Ora, descobri esta semana que o aluno recebeu pelo Natal um ipod )daqueles que parecem o iphone) que tem ligação à internet. Não posso deixar de aproveitar, pois não?

- Quando penso na rede social que criei no Ning, não sei o que fazer.Tem alguns recursos bastante interessantes, mas não me estou a ver a levar os alunos a fazerem mais um registo. Portanto, é quase certo que esta rede fique fora do meu projecto inicial. È algo em que tenho de pensar melhor.

De qualquer maneira, espero aproveitar ao máximo as próximas três semanas... Quem sabe se não surge mais alguma ideia.

E espero que o trabalho que apresentarei no final do curso seja apenas o início de um percurso.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Três palavras para descrever o uso das TIC na sala de aula

Aventura

Neste momento ainda pode ser um risco utilizar Web na sala de aula, especialmente se não se prepara bem a actividade e não se antecipam os precalços. Os computadores poderão estar em número inferior ao previsto, podem faltar tomadas e extensões para carregar os portáteis (sim, o número de extensões e de tomadas na sala de aula também é um problema com que me defronto), a net pode não estar disponível no exacto momento em que precisamos dela, com frequência quando há um problema para o professor resolver, todos os alunos, cuja principal virtude não é a paciência, têm esse problema ao mesmo tempo, um ou outro aluno foge para a sua página do hi5 ou para um jogo.... Mas, se tudo corre bem, e as coisas tendem a correr cada vez melhor, a satisfação, nossa e dos alunos, é muito compensadora. E quem não gosta de uma boa aventura?

PartilhaCor do texto

É uma das grandes vantagens da utilização da Web. Nunca foi tão facilitada a circulação da informação entre professores, alunos, pais e encarregados de educação e comunidade.

Poupança

... de recursos materiais, nossos, dos alunos, da escola, do planeta. Já pensaram quantas árvores continuam de pé só porque nós em vez de tirarmos mais uma fotocópia, que, muitas vezes, é atirada ao lixo ou esquecida num dossiê ou gaveta, fazemos os nossos exercícios na web?

A única coisa que não poupamos é o nosso tempo

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Algumas Experiências Web 2.0 com alunos

A minha escola também ainda não sofreu o tal choque tecnológico de que tanto se fala. Os recursos informáticos são tão escassos que há aulas de informática a decorrer em salas que não têm computadores. Se assim é para os professores de informática, imagine-se para os de português.

Inicialmente tive alguma dificuldade em contornar esta situação (estava habituada a ter mais recursos), mas consegui encontrar algumas alternativas. Alguns dos meus alunos trazem os seus computadores quando lhes peço e, em grupos de dois ou três alunos vão fazendo as tarefas que lhes proponho. Nas aulas de Português Língua Não Materna, onde não tenho uma turma, mas um aluno de cada vez, utilizo sempre o meu computador ou os computadores da biblioteca.

Habitualmente trabalho com os meus alunos na plataforma Moodle, mas desde que iniciei esta formação comecei a experimentar outros recursos.

Um dos que tenho utilizado mais é o Google Docs. No Moddle criei um portefólio para cada aluno com a ferramenta «glossário» e os alunos vão aí colocando alguns trabalhos (sobretudo de escrita) que vão produzindo. Aconteceu, no entanto, uma das vezes haver uma falha no servidor do Moodle. Para resolver o problema, pedi aos alunos para criarem uma conta no gmail e ensinei-lhes a usarem o GoogleDocs (quando eu própria ainda estava a aprender a fazê-lo). Penso que os portefólios dos alunos que criei no Moodle poderiam ser desenvolvidos no Wikispace, com a vantagem adicional de os alunos poderem colocar imagens, algo que não podem fazer no Moodle.

Os meus alunos de 12.º ano (é uma turma de adultos) adoraram o Wordle. Colocámos todos os poemas que constituem «O Guardador de Rebanhos» na caixa de texto e a partir da nuvem que o Wordle criou, os alunos especularam sobre as linhas temáticas da poesia deste heterónimo pessoano.

Utilizei o Voki para dar as boas vindas aos alunos na minha página de Português língua não materna e também para inserir áudio num exercício do Hotpotatoes. Não utilizei o sintetizador de voz, , porque descobri que o voki não só pode gravar a nossa voz, mas também pode importar ficheiros wav, e mp3 (com uma limitação de tamanho, penso, porque quando tentei carregar um ficheiro maior, deu erro). Já andei a experimentar o My Podcast para poder aí alojar ficheiros áudio para utilizar em exercícios de compreensão oral. A ideia de criar um audioblogue com os meus alunos parece-me interessante, mas neste momento, não tenho tempo, nem energia para me lançar nessa tarefa.

Uso esporadicamente o Tradutor do Google como dicionário nas aulas de Língua não materna. As traduções são de fugir, mas como dicionário pode ajudar. É claro que, se nos distraírmos um pouco, arriscamo-nos a que os alunos escrevam todo um texto na sua língua materna e esperem que o tradutor faça o resto.

O YouTube é uma superferramenta que me tem sido muito útil: utilizo alguns vídeos que aí encontro para o desenvolvimento de actividades com os alunos e também já aí publiquei dois vídeos: um excerto de um filme que integra um exercício de compreensão oral do Hot Potatoes e o vídeo «Sons do Português Europeu», que eu mesma fiz.

Utilizo a ferramenta fórum do Moodle com alunos em actividades da oficina de escrita. Por exemplo, os meus alunos de 12.º ano construiram textos de reflexão a partir de propostas por mim apresentadas, os alunos de 10.º ano esstiveram esta semana a traçar o retrato da sua mulher ideal (é uma turma só de rapazes)... Penso que o mesmo pode ser feito com a utilização dos comentários do blogue ou do Google Sites.

Os meus alunos do ensino secundário fazem os testes no computador e enviam-nos para avaliação através da ferramenta «enviar trabalho» do Moodle. Isto pode parecer estranho, mas é algo que comecei a fazer há três anos, pois facilita-me muito a correcção dos seus testes. A leitura de texto manuscrito é uma tarefa cada vez mais complicada para mim. No início utilizava a ferramenta «teste» do Moodle, mas depois, como temos sempre itens de resposta aberta num teste de português, optei por fazer os testes com o noss arquiconhecido Word.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Hot Potatoes

Antes de iniciar este curso já trabalhava com o Hotpotatoes, pelo que não tive qualquer dificuldade em elaborar os exercícios mais básicos.
No entanto, quis ir mais longe e fazer com este programa coisas que nunca tinha feito antes, como introduzir elementos multimédia. Comecei por tentar fazê-lo através da opção «inserir objecto multimédia». No entanto, não me agradou o resultado final, já que na página web do exercício fica apenas um link, que, ao ser carregado, abre uma outra janela. Resolvi então encontrar modos de contornar o problema. A inserção de vídeos foi tarefa fácil. É uma questão de inserir o código HTML que é fornecido pelo Youtube.
Assim nasceu o exercício «Adeus pai» (JQuiz)
Nota: Encontrei o vídeo que pretendia usar no YouTube, mas ele era mais extenso do que eu pretendia. Fiz o seu download, cortei a parte que não me interessava no Movie Maker e fiz o upload do vídeo com a extensão certa. Dá trabalho, mas quem corre por gosto não cansa.
O exercício «Cavaleiro Andante» (JCloze) também foi feito com um vídeo do You Tube. Mas eu não queria o vídeo, queria apenas o áudio. Decidi usar a Ferramenta Voki para inserir o ficheiro áudio no exercício, mas não consegui carregar o ficheiro. Deu erro. Ficheiro grande de mais?
Acabei por construir outro exercício JCloze em que consegui usar o Voki («Os Números»). A minha voz não é tão bonita como a do Rui Veloso, mas ...
Com o Jcross construí um exercício de palavras cruzadas.(«Meios de Transporte») As pistas são imagens. Sem problemas.
Com o JMix, fiz muito rapidamente um exercício de ordenação de elementos de uma frase. Demasiado básico... Tentei criar um exercício com um grau de dificuldade superior recorrendo a imagens de frutos que deveriam ser ordenados alfabeticamente. A inserção de imagens não funcionou. Enfim, esta ferramenta não me parece muito interessante para os níveis de ensino com os quais trabalho.
Com o JMatch, criei facilmente o exercício «As Cores». Numa das colunas utilizei texto. Na outra, imagens.
As diferentes ferramentas podem implicar graus de dificuldades diversos, mesmo quando o conteúdo é igual. Por exemplo, para estudar o verbo «ter» o aluno pode começar por resolver um exercício de correspondência e depois o exercício lacunar. Outras possibilidades podem ser exploradas.
Este tipo de exercícios parecem-me óptimos sobretudo para ajudar os alunos a estudar. E normalmente eles gostam muito de os fazer. O Moodle possibilita a inclusão dos exercícios do Hotpotatoes como recurso; e regista quem fez o exercício, quando e com que resultados.
O que não me agrada:
- não poder centrar texto nos exercícios.
- Não poder misturar as várias tipologias de exercício. (se calhar é possível, eu é que ainda não o sei fazer.)
- Não saber para que serve «The Masher» (Se calhar para resolver algum dos problemas que aponto). Mas ainda não tive tempo de explorar esta secção.
- O excessivo tempo que despendo na elaboração dos exercícios. (Na verdade, cansamo-nos, mesmo quando trabalhamos com gosto)
Todos os meus exercícios foram incluídos na disciplina «A Árvore – Materiais para Português Língua Não Materna» criada no Moodle da minha escola. Era uma área de acesso reservado, mas eu configurei-a de modo a que todos a possam visitar. Ainda falta fazer muita coisa, mas já está a ser usada pelos alunos. Haja tempo e ideias que o trabalho aparecerá.
Os exercícios elaborados por mim podem ser descarregados aqui.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O que é um Voki?

O Voki é uma ferramenta que permite criar um avatar que fala. A primeira coisa a fazer é criar o nosso avatar (se não quisermos o que aparece por defeito. Da primeira vez que o fazemos, despendemos bastante tempo nessa tarefa, mas, conhecidos os passos a dar, essa etapa é mais rápida.
Em seguida, vem a parte mais importante. Escolher a mensagem que queremos que seja dita pelo avatar. Esta pode ser escrita e um sintetizador de voz transformará o texto em som (não é a melhor opção). Mas esta ferramenta dispõe de um gravador que nos permite pôr o avatar a falar com a nossa voz. É ainda possível importar um ficheiro de som que será reproduzido pelo avatar do nosso voki. Deve haver um limite para o tamanho desse ficheiro, pois, quando tentei importar um ficheiro maior, deu erro.
Construído o nosso avatar, podemos enviálo por e.mail ou inclui-lo numa página web inserindo o código de inclusão que é fornecido.

Eis o voki que criei para dar as boas vindas aos alunos na disciplina «Português Língua Não Materna».



E o voki que se apresenta aos alunos (pode ser usado na primeira aula de Português Língua Não Materna.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Produzindo vídeos com o Windows Movie Maker

Hoje em dia é muito fácil produzir um vídeo caseiro recorrendo ao Windows Movie Maker.
Para ensinar a pronúncia do português europeu a alunos estrangeiros que iniciam a aprendizagem do português, construí o vídeo «Sons do Português Europeu».



Como Produzi este vídeo?
1.º Construií uma apresentação com o Power Point.
2.º Guardei a apresentação como JPEG.
3.º Abri o Windows Movie Maker e importei todas as imagens obtidas.
4.º Inseri as imagens na linha do tempo.
5.º Seleccionei «Gravar na linha de tempo» no menu «Ferramentas» e gravei o som.
6.º Seleccionei «Publicar filme» na barra de ferramentas.